TREINAMENTO PASSEIO PERFEITO

Meu cachorro não responde ao treinamento. O que fazer?

Se você esta lendo esse post, é porque provavelmente, você já começou a seguir as minhas dicas pra educar o seu peludo. Se ainda não sabe quais são essas dicas, dá um tour pelo blog e fique sabendo mais sobre o mundo canino! 

Em outro post, eu falei sobre algumas variáveis que devemos levar em consideração na hora de adestrar o cão. Agora, conheça mais algumas condições que garantem treinos mais eficientes e mais construtivos!

Tipo de treino

Muita gente acha que os cães são os estereótipos da suas raças e por isso, cães pastores devem fazer treinos de pastoreio, cães caçadores, de caça, farejadores, de faro e etc. Mas cada cão tem a sua personalidade, sua condição física genética e um condicionamento adquirido ao longo de sua vida e de acordo com suas experiências.

Esses três fatores: personalidade, genética e condicionamento devem ser considerados na hora de escolher o tipo de treino que deverá ser feito. Por exemplo: um cão de uma raça ágil, como beagle, que  tem uma personalidade mais calma, que viveu sua vida inteira com uma família calma e outros animais mais velhos e que não faz nenhuma atividade física, que está acima do peso e tem certa idade, jamais poderá fazer um treinamento de agility no primeiro dia de treino (pra quem não sabe, agility é aquele campeonato de velocidade e habilidade que os cães competem passando por obstáculos).

Foto: brasilagility.com.br

O treino deve começar mais leve, com comandos básicos, para que o cão comece a exercitar tanto o corpo quanto o cérebro, já que esteve a vida inteira sem estímulo físico ou mental. Portanto, cães que são ágeis e já praticam alguma atividade física podem fazer treinos mais intensos e mais difíceis. Cães que nunca praticaram uma atividade física ou mental devem começar do zero com treinos básicos e fáceis. Mas é preciso aumentar a intensidade dos treinos conforme o cão evolui, para que o seu desenvolvimento não estacione e ele não ache as interações entediantes.

Tempo de treino

Esse é muito fácil de medir: se o cão iniciar a aula todo empolgado, mas mostrar falta de interesse depois de alguns minutos de treino, é provável que o cão tenha cansado. Nunca force o cão a praticar uma atividade quando ele estiver cansado. O treino deve ser uma atividade prazerosa e não maçante (para ambas as partes).

Quando isso acontecer, dê uma pausa, faça carinho, massagem, ofereça água e deixe que o cão descanse. Espere que ele demonstre ter recuperado o ânimo e retorne ao treino. Uma dica: cães filhotes, de até 4 meses, costumam aguentar no máximo sessões de 5 minutos. Cães adultos aguentam até 20min de aula sem pausa.

Lembre-se que a cada dia que você treina, você melhora o condicionamento físico dele, portanto, um treino que começou com 5 minutos, em um mês pode estar durando 10, sem que o cachorro desista.

Frequência

Assim como o tipo e o tempo de treino, a frequência com que praticamos os ensinamentos influencia diretamente na evolução do cão. Quanto mais vezes ao dia praticarmos e quanto mais dias consecutivos treinarmos com o nosso cão, mais rapidamente serão notados os resultados do adestramento. É mais proveitoso que se façam 4 treinos de 5 minutos espaçados ao longo do dia, do que 20 minutos ininterruptos de treino.

O tempo que sucede as aulas é importante para que o cérebro faça as conexões necessárias e memorize parte do que ele vivenciou. E o tempo que ele fica sem praticar influencia diretamente na sua performance nos treinos seguintes. Se seu cão pratica todos os dias, seu cérebro evolui mais rapidamente e consegue memorizar os aprendizados, mas se ele pratica só uma vez por semana, é provável que ele esqueça boa parte dos ensinamentos, até a próxima sessão.

Nível de dificuldade adequado 

Dentro de um mesmo tipo de treinamento, seja ele agility, treino de guarda, de resgate de faro, de preparo pra cão-guia ou, simplesmente, comandos para o dia a dia, o nível de dificuldade deve ser adaptado às capacidades cognitivas e físicas de cada cão. Cães que não estão acostumados a aprender coisas novas, a interagir com objetos, pessoas ou animais desconhecidos apresentarão certa resistência na hora em que forem apresentados a uma situação pela qual nunca passaram.

Cães assim devem ser primeiramente dessensibilizados com odores, sons e texturas, para depois ter contato com esse tipo de estímulo. Um exemplo de treino básico de dessensibilização é fazer um percurso com o cão na guia, no qual ele passe por um obstáculo tátil, como um tapete, um pequeno degrau e esse obstáculo é aumentado ou acrescido de mais interferências, conforme o treino evolui.

Podem ser usadas diferentes superfícies no chão, como tapetes emborrachados (tipo aqueles tatames de academis) outras superfícies mais ásperas e irregulares, como areia ou pedras e depois começar a introduzir superfícies instáveis, como uma almofada ou um tapete que deslize no chão.

Já um cão que é acostumado a interagir com diversos tipos de animais e pessoas, que são apresentados, frequentemente, a ambientes e situações novas podem E DEVEM receber treinos mais complexos. Algumas atividades de Enriquecimento Ambiental são ótimos exemplos de treinos complexos.

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Atividades de EA (Enriquecimento Ambiental) estimulam a neuroplasticidade, promovem bem-estar e potencializam a capacidade de aprendizado do seu cão. Ao incluir essas práticas na rotina, ele vai exercitar o cérebro e, além de aprender mais rápido, vai ficar cada vez mais atento e focado em você e no exercício que ele estiver praticando.

A atividade de EA mais conhecida é a alimentação através de dispensers. São brinquedos vendidos em petshops que têm um compartimento por onde pode-se inserir ração ou petiscos e que, conforme o cão movimenta, vão liberando pequenas porções do alimento. Existem várias marcas no mercado, mas se você quiser uma opção mais em conta, é possível fazer seu próprio dispenser com uma garrafa pet furada (e tampada). 

Mas essa é uma atividade de nível médio de dificuldade. Muitos cães não conseguem compreender essa dinâmica e acabam se frustrando, sem conseguir alcançar o seu objetivo (o alimento). Isso pode até piorar a atenção e o foco dele. Por isso, é fundamental que você introduza as atividades de EA na rotina do seu cão, do jeito certo!

Inclusive, eu tenho uma boa notícia pra você! Eu liberei uma aula do meu curso (Jornada Descomplicando a Educação Canina), onde eu mostro o passo a passo para começar a implementar as primeiras atividades de EA, hoje mesmo, e melhorar o foco e a atenção dele, em você! Para acessar a aula, gratuitamente, clique aqui.

E você, já começou a treinar o seu cão? Como tem sido essa experiência? Deixe seu comentário aqui embaixo e compartilhe a sua opinião, comigo. E, claro, me siga nas redes sociais para mais conteúdo sobre educação canina: YouTubeInstagram e TikTok. Nos vemos por lá! 

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